domingo, 24 de julho de 2011

O flautista (53ª lâmina do Symbolon)


 
Essa imagem sugere o flautista de Hamelin. O Flautista de Hamelin é um conto folclórico, reescrito pela primeira vez pelo Irmãos Grimm e que narra um desastre incomum acontecido na cidade de Hamelin, na Alemanha, em 26 de junho de 1284. Nesse ano, a cidade de Hamelin estava sofrendo com uma infestação de ratos. Um dia, chega à cidade um homem que reivindica ser um "caçador de ratos" dizendo ter a solução para o problema. Prometeram-lhe um bom pagamento em troca dos ratos - uma moeda pela cabeça de cada um. O homem aceitou o acordo, pegou uma flauta e hipnotizou os ratos, afogando-os no Rio Weser.

Apesar de obter sucesso, o povo da cidade abjurou a promessa feita e recusado-se a pagar o "caçador de ratos", afirmando que ele não havia apresentado as cabeças. O homem deixou a cidade, mas retornou várias semanas depois e, enquanto os habitantes estavam na igreja, tocou novamente sua flauta, atraindo desta vez as crianças de Hamelin. Cento e trinta meninos e meninas seguiram-no para fora da cidade, onde foram enfeitiçados e trancados em uma caverna. Na cidade, só ficaram opulentos habitantes e repletos celeiros e bem cheias despensas, protegidas por sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza.

E foi isso que se sucedeu há muitos, muitos anos, na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança.

 
Sua simbologia sugere o problema com promessas vazias e não cumpridas e a escravidão interior diante da expectativa por esperarmos que um dia o que foi combinado seja cumprido. Diz respeito ao encanto, sedução, às propagandas enganosas e as armadilhas advindas destas. Confusão gerada pela distração (nesse caso, o som hipnótico da flauta) levando à perdição ou desvio do caminho. Como no caso das sereias que seduzem os pescadores e levam-nos para o fundo do mar (abordado no mito de Ulisses), alerta sobre os riscos diversos envolvendo o deslumbramento com pessoas ou situações aparentemente confiáveis ou encantadoras (atraentes), incluem-se aí desde relacionamentos obsessivos até o uso fatal de drogas ou bebidas. Por trás do conto de Hamelin há vingança pelo não cumprimento de um pagamento - nem sempre o simbólico apontará para tal situação, mas diz respeito à perda da consciência provocada por emoções descontroladas, como no caso das paixões arrebatadoras ou desmedidas.

Fonte: Wikipédia.

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